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| Panaquatira: ponto de seca em S. José de Ribamar |
O prefeito de São José de Ribamar, Gil Cutrim, trabalha para se reeleger por mais um mandato que certamente não deve concluir. A não ser que queira encerrar sua carreira política na cidade balneária. Criado no berço esplêndido do poder, essa hipótese é mais que remota. Portanto, se reeleito, em dois anos seus planos de vôo serão outros.
Vitrine do grupo Sarney em termos de gestão municipal, São José de Ribamar na gestão de Cutrim copia as mazelas do governo do estado em alguns aspectos. Nos últimos dias o prefeito capricha em copiar a Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão, CAEMA, obrigando a população de alguns bairros a enfrentar o calvário da falta d´água. Assim têm sido os dias na Vila Roseana Sarney (uma das heranças do ex-prefeitoe Luiz Fernando Silva à história do município), no Panaquatira e em outros bairros de São José de Ribamar.
Há dez dias, mulheres, crianças e homens desempregados utilizam baldes, depósitos reciclados de plásticos e outros recipientes para transportar água para suas casas e necessidades cotidianas. Um simples defeito na bomba tem produzido efeito devastador na história política do ex-prefeito Silva, bem avaliado pelo rigor com que mantinha as obras realizadas pela administração municipal.
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| Placa que tende a se apagar |
O prefeito Cutrim desconsidera o entendimento de que abastecimento de água é vetor de boa saúde. Imita a postura do governo do estado em São Luís, onde a CAEMA responde pelo abastecimento d´água e tratamento de esgoto. Vinculada à Secretaria de Estado da Saúde, a companhia historicamente deficitária inaugurou ontem uma nova fase do atraso em São Luís: abastece bairros carentes de água e outros benefícios utilizando carros-pipas. Encena na capital maranhense, instalada numa ilha há 400 anos, o quadro de desolução secular e aparentemente insolúvel da seca nordestina.
