sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Deputado Simplício Araújo tentou anular sessão que manteve mandato de deputado presidiário

    O deputado federal Simplício Araújo (PPS-MA) foi um dos dois parlamentares que questionaram à Mesa Diretora o fato do deputado Natan Donadon (Sem partido-RO) ter votado na sessão que decidiu seu futuro. O outro deputado discordante foi Amauri Teixeira (PT-BA). Simplicio tentou assim anular a votação que decidiu manter o mandato do deputado condenado e preso por corrupção. Ele argumentou que a participação do deputado contrariou o regimento interno da Câmara dos Deputados.
    A Secretaria da Mesa rebateu a irregularidade. Pelo regimento é "vedado o acolhimento do voto do deputado representado". O presidente da mesa Diretora, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) afirmou que não computaria o voto.
    Pelo regimento da Casa, seriam necessários 257 votos favoráveis à cassação, mas 108 parlamentares faltaram e outros 41, embora presentes, abstiveram-se; 233 votaram pela perda do mandato, 24 a menos do que o mínimo regimental.
    Um mandado de segurança protocolado no supremo Tribunal federal pelo deputado carlos Sampaio (PSDB-SP), líder da bancada, tenta anular a sessão. O PPS, partido de Simplício Araújo, anunciou que também recorrerá ao STF na tentativa de reverter a decisão.
    Dos 18 deputado federais maranhenses, ao menos três estiveram ausente da sessão que selou o destino de Donadon como parlamentar: Pinto Itamaraty (PSDB), Zé Vieira (PR) e Waldir Maranhão (PP).