domingo, 31 de março de 2013

MANCHETES DOS JORNAIS

Estado
O Estado do MA:Desrespeitar leis é habitual em São Luís
Região
Jornal do Commercio:BR 232 aquece economia
Meio-Norte:Firmino prioriza saúde e mobilidade urbana
O Povo:Copa 2014 - É possível driblar as restrições da Fifa?
Nacional
Correio Braziliense:O que mudará com a PEC das domésticas
Estadão:Estados empregam 105 mil funcionários sem concurso
Estado de Minas:O início do fim
Folha:Raio pode, sim, causar apagão, diz operador
O Globo:Cartórios privados omitem faturamento bilionário
Zero Hora:Três taxistas são mortos em Porto Alegre

Um novo pessoal do Ceará?

 
BEM DISTANTE DA geração que levou a música cearense para fora do Estado, um novo time de artistas busca espaço para difundir seus trabalhos. A convite do Vida & Arte Cultura, alguns representantes dessa nova cena mostram como é fazer música em Fortaleza
E já se vão 40 anos desde que a gravadora CBS botou nas prateleiras o LP Meu corpo minha embalagem todo gasto na viagem, mais conhecido como Pessoal do Ceará. Marco de uma produção local que começava a se pulverizar pelo País, foi ele quem deu nome a uma geração de artistas que contava com gente do calibre de Raimundo Fagner, Belchior, Ednardo e alguns outros. Tão forte é a obra e a história desses artistas, que, ainda hoje, é deles que a maioria do público lembra quando se fala em música cearense.
    No entanto, bem distante desses ídolos, uma nova geração de músicos surgiu no Ceará mantendo a veia autoral aberta. São artistas que nasceram num cenário pós “monopólio das gravadoras” e que contam com a tecnologia, as amizades e os próprios esforços para manter suas artes vivas e disponíveis para o público. Do erudito ao rock, passando por muitos outros estilos, a música cearense foi ganhando novas cores e estilos, se atualizando e sobrevivendo às intempéries de um mercado cada vez mais incerto. Nesse novo quadro, que não é exclusividade do Ceará, se o trabalho independente pode garantir mais liberdade criativa, exige, por outro lado, que os artistas assumam também o posto de produtores, empresários, roadies, entre outros.
    Para explicar como é fazer música atualmente no Ceará, o Vida & Arte Cultura convidou cinco novos compositores cearenses para um bate-papo no foyer do Theatro José de Alencar. Por cerca de uma hora, Caio Castelo, Oscar Arruda, Natasha Faria, Ayrton Pessoa e Gustavo Portela discorreram sobre as dificuldades de manter uma agenda de shows, gravações e projetos. Longe de representar todos os estilos e opiniões sobre o fazer música, os nomes apresentados aqui acumulam diferentes experiências nesse mercado. Num clima de “caos organizado”, as ideias e opiniões foram brotando numa conversa marcada pela informalidade, que começou justamente pela ligação desta nova geração com aqueles dos anos 1970.
Diálogo musical
Apesar da admiração geral pelos trabalhos de Fagner, Ednardo e Belchior (estes três principalmente), o que se faz por aqui hoje em dia parte de outras raízes. “Onde eu tive mais influência foi no Massafeira (coletivo, 1980). Dá pra viajar num monte de coisa dali. Mas eu ouvia mais as coisas de fora”, revela Caio Castelo. “Ouvi muito o Orós (Fagner, 1977), o Soro (Fagner, 1977), mas não vejo muita relação estética com essa (nova) geração”, afirma Oscar Arruda, mantendo o tom e lembrando que se aproximou mais musicalmente desses artistas depois de passar quase dez anos morando fora do Ceará. “Tenho mais admiração pelos músicos, como o Cristiano Pinho, Adelson Viana ou o Lu de Souza”, acrescenta Gustavo Portela.
    Longe de qualquer tipo de apadrinhamento por parte dos mais famosos, quem quase se aproximou de algum deles foi Ayrton Pessoa, que chegou a cogitar um disco produzido por Ednardo, quando integrava o grupo Argonautas. “Não tive nenhuma influência direta deles. Talvez do Eugênio Leandro. E o engraçado é que já teve algumas pessoas que disseram ‘você tem que mostrar essa música pro Fagner’”, comenta Ayrton Pessoa. Já Natasha Faria vasculhou a história musical da geração setentista para montar o show Canções do Exílio, que ao lado do músico Moacir Bedê. “Mas, nesse caso, é uma homenagem que nós fazemos. Não é algo autoral”, explica.
Onde tocar
Apesar dos caminhos abertos décadas atrás, o cenário atual impõe fortes barreiras para quem quer manter uma carreira autoral. “Todo mundo depende de um circuito institucional. São os eventos da prefeitura, os editais, o Dragão do Mar. Não existe um mercado privado que sustente a cena”, aponta Gustavo Portela. “Tem o Órbita, que abre um projeto para o trabalho autoral. Já que o território é de desertificação cultural, eu valorizo isso”, acrescenta Oscar.
    Outros espaços foram citados, como o Salão das Ilusões, que abre espaço para trabalhos alternativos. No entanto, dificuldades com divulgação e formação de público acabam tornando o show pouco ou nada rentável. Outro fator que faz parte da cena é que boa parte dos estabelecimentos prefere apostar em bandas cover (que se dedicam a reproduzir outras bandas). “Nosso alcance é limitado. A gente vive um contexto onde a música é muito mais entretenimento do que arte. O espaço que fica para a apreciação é muito pequeno”, lamenta Oscar.
Financiamento
Quando o assunto é o financiamento para essa produção, os editais são o caminho mais comum, mas que também traz seus problemas. “O grande exemplo é o edital da Caixa (Cultural), onde você tem que competir com gente como o Alceu Valença. Isso é ridículo”, comenta Natasha Faria, acrescentando que a instituição coloca todas as linguagens artísticas, e todos os artistas, concorrendo numa mesma categoria.
    Outros problemas recorrentes nos editais se referem ao atraso nos pagamentos, falta de divulgação das atividades, descontinuidade ou o baixo valor oferecido nos prêmios. “O edital não sai no dia que é pra sair, fica de pagar e não paga, fica de divulgar e não divulga”, diz Caio Castelo. E Gustavo Portela acrescenta: “As assessorias de comunicação do Estado e da Prefeitura são insuficientes e você acaba tendo que ter o próprio assessor para divulgar o show. O que representa mais custo. No fim, você não vive do trabalho autoral. Você precisa trabalhar (em outras áreas) para sustentar o trabalho de música”.
Oscar Arruda, inclusive chegou a tentar financiar seu novo disco, o recente Revolução (2012), via Edital, mas não foi aprovado. Acabou bancando toda a produção do próprio bolso. “Foi até melhor não ter sido aprovado. Talvez, ainda estivesse esperando a grana sair”, explica.
Produção
Para além das dificuldades de trabalhar com música, a produção autoral continua efervescente sob vários aspectos. É grande a variedade de estilos explorados e a qualidade vem acompanhando esse crescimento. “Apesar dessas dificuldades estruturais, a produção musical tem melhorado, tanto do ponto de vista técnico como estético. A gente tem dificuldades é de acesso aos canais nacionais. Esse passo além, para acontecer num cenário maior, ainda é um problema”, diz Oscar Arruda, que aponta a falta de produtores executivos como um gargalo. “É muito difícil agenciar shows pra fora. Essa coisa da produção independente te coloca desafios imensos”.
    O Carnaval, que ganhou um impulso forte nos últimos anos, também ajudou a mexer com a cena musical. Mesmo os artista que não são diretamente ligados às marchinhas, sambas ou maracatus, podem dar um jeito de se beneficiar da movimentação que período momino gera. É o que pondera Natasha Faria, que esse ano integrou o bloco As Gata Pira, ao lado de um grupo que incluía, entre outros, as cantoras Paula Tesser e Soledad Brandão.
Acesso ao público
Problemas urbanos quase nunca são citados como algo que interfere na vida cultural. No entanto, problemas com transporte público, estacionamentos e segurança muitas vezes impedem o público de se aventurar a sair de casa. “O público está aberto aos novos artistas à medida que ele sai de casa”, adianta Ayrton Pessoa. O lado bomSegundo os convidados da reportagem, a proximidade com os outros artistas cearenses é um incentivador para continuar. “É aqui onde eu sinto mais vitalidade para criar. Tenho muitos parceiros, muitos músicos bons e a identidade desse lugar, de fazer a nossa música”, explica Oscar.
    “Tem essa efervescência que é empolgante. Por haver essa identidade, os caminhos estão se construindo”, acrescenta Caio Castelo. “O tempo vai melhorando e, com isso, você vai tendo mais respeito. O tempo de estrada também te faz crescer e algumas coisas vão ficando mais fáceis”, segue Gustavo Portela. “Apesar dessas coisas que foram ditas, eu sinto que, em tudo que eu fiz, tive sucesso”, comenta Ayrton Pessoa.
Saiba mais
As capas e o cadernoO Vida & Arte Cultura convidou Oscar, Ayrton, Caio, Natasha e Gustavo a interpretarem capas marcantes da história da música cearense. O resultado ilustra esta e as páginas a seguir. No entanto, sob nenhum aspecto, essa “brincadeira gráfica” deve ser interpretada como uma influência direta do trabalho de um no outro. As heranças, eles contam ao longo do caderno
O ORIGINAL
ALUCINAÇÃO BELCHIOR
Na foto ao lado, a bossa do músico Oscar Arruda fazendo as vezes de Belchior na capa do disco de1976 que consagrou o cantor. No repertório, “Apenas Um Rapaz Latino-Americano”, “Como Nossos Pais” e “Velha Roupa Colorida”, entre outras.

quinta-feira, 28 de março de 2013

NA COLUNA DO CLAUDIO HUMBERTO

PODER SEM PUDOR

ALÉM DA FRONTEIRA

Durante a campanha de 1989, em viagem para ganhar "envergadura internacional", Lula chegou a Lisboa sem agendar encontros com autoridades como Mário Soares, o simpático presidente socialista, que contou a história a um ex-embaixador do Brasil. Ele estava na Estremadura portuguesa, pertinho da cidade espanhola de Badajoz, mas, informado da visita de Lula, o solícito Soares telefonou-lhe para as boas-vindas: "Estou cá na fronteira, ó pá!"

- Fronteira com que país? - perguntou-lhe Lula.

Mário Soares desistiu de sacrificar a agenda para ver Lula. Diz ter ficado chocado com o fato de o candidato a presidente do Brasil ignorar a lição primária de geografia: Portugal só faz fronteira com a Espanha. E o mar.

CHARGE DO DIA - Miguel


MANCHETES DOS JORNAIS

Estado
O Estado do MA:Acidente mata três pessoas da mesma família na BR-222
Região
Jornal do Commercio:Lei da doméstica prevista para 90 dias
Meio-Norte:Indústria de lata traz R$ 200 mi para capital
O Povo:Assassinatos crescem 25% em fevereiro
Nacional
Correio Braziliense:Patrões de domésticas vão ter compensações
Estadão:Dilma vê manipulação em crítica à fala sobre inflação
Estado de Minas:Lei das domésticas: Perguntas sem resposta
Folha:Frase de Dilma sobre inflação afeta mercado
O Globo:Sem prazo para o Engenhão: Rio só terá grande estádio com Maracanã
Valor:Inflação ameaça menos, mas ainda provoca tensão
Zero Hora:Aumento do dólar faz aluguel do mês subir

quarta-feira, 27 de março de 2013

MANCHETES DOS JORNAIS

Estado
O Estado do MA:Publicado o edital do concurso para AL
Região
Jornal do Commercio:Aeroporto e metrô ligados até agosto
Meio-Norte:Piauí está livre de aftosa após 10 anos
O Povo:Bilhete único terá recopnhecimento facial contra fraude
Nacional
Correio Braziliense:Brasil aprova, enfim, a segunda abolição
Estadão:PSC ignora pressões e Feliciano fica em comissão
Estado de Minas:Eles nos venceram
Folha:Domésticas passam a ter direito a FGTS e hora extra
O Globo:Imagina na Copa: Falha fecha Engenhão e Rio fica sem estádio
Valor:“Prioridade em todos os Estados é reeleger Dilma”
Zero Hora:Nova lei das domésticas entra em vigor no dia 2

terça-feira, 26 de março de 2013

NA COLUNA ESPLANADA


‘Guardião’ é o motivo da briga entre Polícia e MP

Por Leandro
O sistema Guardião, software de alta tecnologia que grampeia centenas de linhas simultaneamente, é o cerne da guerra entre procuradores e delegados sobre a PEC 37, que tira do Ministério Público competência para investigações criminais e os restringe às polícias. Há suspeitas de que, além das Polícias Civil e Federal, MPs estaduais já usem o sistema. Em maratona pelos estados, os delegados falam abertamente sobre a preocupação do uso descontrolado. A catarinense Dígitro, já procurada anteriormente pela coluna, sempre negou que tenha negociado com entidades que não fosse a Polícia.
OS FEDERAIS. O Sistema Guardião, já usado pela PF, vale milhões de reais. O autor da PEC é o deputado ex-delegado federal Lourival Mendes (PTdoB-MA).
FOGO AMIGO. Em críticas veladas, delegados da PF têm criticado seguidos vazamentos de importantes inquéritos. Sempre apontam como responsáveis os procuradores.
É FESTA. Mendes frisa que o MP poderá ‘acompanhar o processo de investigação’, mas não realizá-lo. Políticos alvos de MPs comemoram, e aceleram a tramitação no Congresso.
MARATONA DO COLDRE. Integrantes da Associação dos Delegados de Polícia do Brasil têm percorrido os estados para detalhar e defender proposta junto à sociedade. A última parada foi Macapá (AP).


Legenda para o Conselho Estadual de Cultural

    Tanta importância tem o Conselho Estadual de cultura que fica bem apenas na foto. Empossado nesta segunda-feira, 25, pelo vice-governador  Washington Oliveira e pela secretária de Cultura, Olga Simão, o tal conselho "que vai contribuir para a formulação da política estadual de cultura" é de tamanha impor`ância que a Secretaria de Estado da Comunicação não se importou nem em cita um nome sequer de algum integrante.
     Na foto os conselheiros emolduraram o deputado estadual Roberto Costa, espécie de secretário adjunto da Secma, o  governador em exercício e a secretária  Olga Simão, com direito à participação luxuosa da consultora da Secma e chefe da assessoria da Ufma, Ester Marques, e da superintente de imprensa da Secom, Selma Figueiredo.

MANCHETES DOS JORNAIS

Estado
Jornal Pequeno:Matéria especial do JP sobre a refinaria repercute na AL
O Estado do MA:MPF propõe ação contra a prefeitura por risco a voos
O Imparcial: Concurso do Banco Central oferece salários de até R$ 14 mil
Região
Jornal do Commercio:Menos água nas barragens
Meio-Norte:Justiça manda servidor voltar ao trabalho já
O Povo:Histórias de quem lida com a violência
Nacional
Correio Braziliense:Lei das domésticas vai abrir embate judicial
Estadão:Ao lado de Campos, Dilma cobra ‘aliado comprometido’
Estado de Minas:Epidemia – Diante do avanço da dengue, autoridades de Saúde do estado e de BH já admitem quadro crítico
Folha:Não se dirige o país só, diz Dilma em ato com Campos
O Globo:Fantasma europeu – Emergentes criam fundo de US$ 100 bi contra crise
Valor:Liminares impõem perdas a bancos no consignado
Zero Hora:Senado deve aprovar hoje direitos para domésticas

segunda-feira, 25 de março de 2013

Costa Ferreira e Chico Escórcio são campeões no ranking dos "deputados-cabides"

    A atual legislatura da Câmara Federal tem 76 suplentes no exercício do mandato. Somam 15% da casa formada por 513 deputados federais eleitos em 3 de outubro de 2010. Dois parlamentares maranhenses estão na lista dos "suplentes profissionais" ou "deputados-cabides", aqueles que assumem graças a negociações partidárias e brechas jurídicas. Segundo levantamento do portal IG são 16 nomes nesta categoria.
    Segundo colocado no ranking dos suplentes, superando o campeão Valdir Colatto (PMDB-SC), Costa Ferreira (do mesmo partido de Marco Feliciano) com três mandatos adquiridos na condição de suplente. Eleito deputado em 1986 e 1990, voltou à Câmara em setgembro de 20111 com 51 mil votos.
    Ferreira faz parte do grupo Sarney e passou pela Arena, PDS, PFL, PP, e breve passagem pelo PMDB antes de chegar ao PSC. Sem mandato, no terceiro mandato de Roseana Sarney como governadora, o advogado evangélico comandou a Secretaria de Desenvolvimento Social, SEDES.
    Na segunda suplência consecutiva, Francisco Escórcio (PMDB), entrou na Câmara pelas mãos da justiça em 2011. Com pouco mais de dois mil votos conquistados a mais que Ferreira, contra o qual brigou pela vaga do partido em detrimento à coligação que deu sustentação à eleição de Roseana Sarney. Escórcio está no lugar do secretário de Estado de Educação, Pedro Fernandes (PTB), pelo critério da suplência pela coligação, contestada o caso de Costa Ferreira.
    Escórcio nasceu para a política como suplente. Assumiu mandato de senador em1996, 1997, 2000 e 2002. Foi assessor especial da presidência do Senado em 2007, indicado pelo então presidente Renan Calheiros (PMDB-AL). Sua passagem mais fulgurante no cargo foiapontado como responsável pela instalação de um suposto esquema de espionagem contra inimigos de Renan. A arapongagem não foi provada e acabou esquecida depois que o alagoano renunciou à presidência da principal Casa do Congresso Nacional, à qual voltou em 2013.

Domingos Dutra desmente Marco Feliciano para VEJA

    Em resposta à matéria publicada na Revista Veja, no último dia 20, o deputado Domingos Dutra (PT/MA) rebateu as acusações do Deputado Marco Feliciano (PSC/SP) que mentiu ao declarar que Dutra teria feito acordo e teatro ao renunciar a presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias.
    No oficio enviado ao editor da Veja, Roberto Civita, o parlamentar esclarece que não manteve contato com o Deputado Marco Feliciano, antes nem após sua renúncia à presidência da CDHM, ocorrida no dia 7/03. “Meu gesto de renunciar foi em protesto pela realização de uma eleição para presidência da CDHM as portas fechadas, com barreiras nos corredores da Câmara e com a polícia legislativa impedindo o acesso da população à Comissão”, esclareceu o parlamentar.

Enchente adia entrega da Biblioteca Pública Benedito Leite

    Um alagamento na parte inferior ocorrido em fevereiro teria adiado a inauguração da Biblioteca Pública Benedito Leite. A água teria atingido parte das obras transferidas do prédio onde funcionou provisoriamente o órgão da Secretaria de Estado da Cultura.
   A Benedito Leite definitivamente não está entre as prioridades do governo do estado.Próximo a completar quatro anos de portas fechadas, a BPBL caminha para o esquecimento. Uma parcela dos transeuntes que passa em frente ao prédio desconhece sua serventia.
    No início de março, a Secma chegou a anunciar uma programação que marcaria a reabertura das portas do órgão para o público.Porém, a ex-secretária particicular da governadora, Olga Simão, tratou de adiar o evento por falta de espaço na agenda da governadora.
    O material atingido pelas águas, parte do arquivo, estava ainda encaixotado, após a transferência do prédio na rua do Egito, sede provisória da BPBL, para o prédio da Praça Deodoro.  

   



Sarney articula imortalidade de FHC

Caminho da imortalidade
FHC e Sarney: os ex estarão juntos na ABL?
    A disputa pela vaga na Academia Brasileira de Letras aberta com a morte de João de Scantimburgo teve suas articulações iniciais num almoço no paulistano La Casserole, na quinta-feira. À mesa, Nélida Piñon, FHC, José Sarney e mais quatro pessoas.
    No meio do almoço, Nélida foi avisada, por celular, que Scantimburgo morrera. Ato contínuo, avisou Sarney, que puxou FHC e ela num canto. Sarney convidou, ali mesmo, FHC a candidatar-se.
    Nélida pediu um “de acordo” de FHC para que ela e Sarney pudessem levar o assunto  aos outros acadêmicos. A dupla recebeu o o.k.
    Nos dois dias em que se seguiram ao almoço em São Paulo, a movimentação foi intensa. FHC já conta com votos de grandes eleitores da ABL. Eduardo Portella, por exemplo, que estava com outro possível pretendente – Carlos Guilherme Motta – converteu-se ao ex-presidente.
    FHC teria, já garantidos, os votos de Celso Lafer, Paulo Coelho, Merval Pereira, Geraldo Hollanda Cavalcanti, Antônio Carlos Secchin, Sergio Paulo Rouanet, Alberto da Costa e Silva, Sábato Magaldi, Hélio Jaguaribe, Marcos Villaça e José Murillo de Carvalho.
    FHC quer ser candidato – ou melhor, quer ser imortal. Mas só entrará na briga com a certeza da vitória. Não quer, a essa altura da vida, entrar numa disputa como essa para perder. Não quer repetir JK. Até quinta-feira, avaliará esses apoios.
    Salvo alguma surpresa de última hora, a cadeira será oficialmente declarada vaga na quarta-feira e, em seguida, chega à ABL uma carta de FHC assumindo a candidatura.
    Em resumo, o pai da candidatura de FHC acabou sendo Sarney com quem esteve praticamente rompido a partir do final do seu governo. O motivo foi a ação da PF que resultou na implosão da candidatura de Roseana Sarney à presidência.
Lauro Martins, do Radar On-lina de VEJA

MANCHETES DOS JORNAIS

Estado
Aqui-MA:Banho de sangue
O Estado do MA:Jovem é morto com 15 facadas
Região
Jornal do Commercio:Tentando fazer diferente
Meio-Norte:Pai abusava e mata a garota por cíúme
O Povo:Açude abastece Porto:população vive do carro-pipa
Nacional
Correio Braziliense:Inadimplência no Pró-DF chega a 68%
Estadão:Mesmo com safra recorde, inflação de alimentos resiste
Estado de Minas:Empregado em casa será artigo de luxo
Folha:Cota não atrai aluno da rede pública a vestibular
O Globo:Benefício fiscal – Deputados incluem armas em pacote de desonerações
Valor:Empresas divergem sobre a desoneração de salários
Zero Hora:Lei da transparência a passos lentos no RS

domingo, 24 de março de 2013

Chovendo no molhado - FERREIRA GULLAR

A Mona Lisa não precisa do Louvre para ser obra de arte; é o Louvre que precisa dela para ser museu   
Falando com sinceridade: você acha mesmo que pôr cocô numa lata é fazer obra de arte? Teve um cara que fez isso e o que ele quis dizer, ao mandar a latinha com merda para uma galeria de arte, é que arte é merda, certo? Ele estava copiando Marcel Duchamp.
    Tratava-se de um protesto? Sim, pode ser, mas protestar não é, por si só, fazer arte. Aliás, há muita poesia de protesto que de poesia não tem nada. É que arte de protesto, antes de tudo, tem que ser arte.
    É verdade que o conceito de arte foi mistificado e houve época mesmo em que a habilidade técnica era tida como arte. Mas tudo isso foi posto abaixo pelos verdadeiros artistas. Aliás, a revolução estética, que marcou o início da arte moderna, consistiu precisamente em repelir essa falsa concepção de arte.
    Picasso disse certa vez: "Estou pintando uma tela, vou pôr ali um azul; se não tenho azul, ponho um verde". Essa frase, que pode parecer uma piada, é de fato a desmistificação da atividade artística. O que ele disse, de fato, foi que a criação artística nasce de um jogo de acaso e necessidade.
    É que, ao iniciar o quadro, a tela está em branco, tudo ali pode acontecer, mas, desde o momento em que se lança a primeira pincelada, reduz-se a probabilidade e começa o processo que irá tornando necessário o que era mero acaso. Isso porque a pintura é uma linguagem, com leis e exigências, que não estão escritas, em função das quais a obra ganha coerência e significação.
    Expressão, em princípio, tudo é, já que o que existe expressa algo, tem um significado, seja um gato, uma pedra, uma mancha na parede. Mas são diferentes o significado natural que cada coisa tem e o significado criado pelo músico ao trabalhar a linguagem musical, pelo poeta ao trabalhar a linguagem literária, pelo pintor ao trabalhar a linguagem pictórica.
    Em suma, ainda que você admita que pôr casais nus num museu expresse algo, não negará que aqueles casais não são obra de nenhum artista como os quadros que estão ali nas paredes. Qualquer pessoa que tenha um mínimo conhecimento de arte sabe que a expressividade de uma obra artística é resultado da capacidade do autor de lidar com os elementos constitutivos de sua linguagem: a linha, a forma, as cores, a matéria pictórica, incutindo-lhes uma significação que só existirá ali.
    Exemplo: a noite estrelada que Van Gogh pintou é uma invenção única dele que a linguagem da arte possibilita. Não é simplesmente uma ideia, mas o produto de uma ação manual, técnica e semântica no âmbito de um universo linguístico chamado pintura.
    É diferente de simplesmente ter uma ideia, cuja criação em nada depende de você ter ou não capacidade técnica de realizá-la ou o domínio de uma linguagem, qualquer que seja. O artista conceitual não precisa saber fazer, não precisa fazer e, como não possui linguagem, usa o que já existe e que não foi ele quem fez.
    De onde vem então o significado do que não foi feito? Como já disse, tudo o que existe significa, o que não quer dizer que seja uma linguagem, já que esta implica significados inventados por nós. Por isso mesmo, os povos primitivos viam numa montanha um deus ou um demônio.
    A significação de uma coisa, um corpo, um objeto, decorre de sua inserção no sistema simbólico humano. Por exemplo, estar nu em um museu tem significação diferente de estar nu em seu quarto.
    A diferença óbvia é que o museu é um lugar público, o que torna a nudez chocante. Então, pergunto, por que ficar nu no museu é obra de arte e, no quarto, não?
    A resposta obvia é que, para tornar-se "arte", o nu necessita da instituição museu, ou seja, seu significado não é inerente a ele e, sim, à situação em que se encontra.
    Isso o torna essencialmente diverso do que conhecemos como obra de arte, cujo significado estético só existe nela, na obra e, mais que isso, é expressão de uma linguagem que é anterior a ela e que se amplia nela e em cada nova obra de que o artista crie. A Mona Lisa não precisa do Louvre para ser obra de arte; é o Louvre que precisa dela para ser museu.
* O belo volume em que a editora Bem-Te-Vi reuniu toda a poesia de Lélia Coelho Frota constitui uma justa homenagem a seu talento, a sua inteligência e sua admirável sensibilidade.
Da Folha

MANCHETES DOS JORNAIS

Estado
O Estado do MA:Vereadores cobram atos do prefeito Edvaldo Jr.
Região
Jornal do Commercio:Quando os planos de saúde dizem não
Meio-Norte:Governos se unem contra problema do lixo
O Povo:Direitos humanos - Por que o fundamentalismo tomou conta desta bandeira
Nacional
Correio Braziliense:E no país dos eternos apagões...
Estadão:Aécio tem potencial de voto igual ao de Serra, diz Ibope
Estado de Minas:As leis que ninguém cumpre
Folha:Brasileiro aprova novo papa e quer igreja mais liberal
O Globo:Pacificação no Rio: Com UPPs, PM deixou de disparar 100.430 tiros
Valor:
Zero Hora:O relatório que mostra a tragédia por dentro

sexta-feira, 22 de março de 2013

O Imparcial mata Dominguinhos com barrigada

     O jornal O Imparcial, impresso da cadeia Diários Associados no Maranhão, mata o sanfoneiro pernambucano Dominguinho nesta sexta-feira. Chamada de primeira página do jornal, com sede em São Luís, informa que o músico faleceu na"última quarta-feira" (20) aos 72 anos de idade em um hospital na cidade de São Paulo (SP).
    Em jornalismo se dá o nome de barrigada informações que não encontram chão na realidade.É um caso típico.

MANCHETES DOS JORNAIS

Estado
O Estado do MA:Obra da refinaria não será interrompida, garante Lobão
Região
Jornal do Commercio:Governo apela para população poupar água
Meio-Norte:Eletrobras vai investir R$ 320 mi em obras
O Povo:Operações policiais investigam 20 municípios
Nacional
Correio Braziliense:Um país à flor da pele
Estadão:Dilma segura reajuste de ônibus e plano de saúde
Estado de Minas:Dengue desfalca empresas
Folha:Empreiteiras patrocinam 13 viagens de Lula ao exterior
O Globo:Nó na infraestrutura: Apagão logístico faz China cancelar compra de soja
Valor:Balanços mostram lenta recuperação das empresas
Zero Hora:10.000 páginas para explicar 241 mortes

quinta-feira, 21 de março de 2013

MANCHETES DOS JORNAIS


Estado
O Estado do MA:Roseana autoriza mais três hospitais macrorregionais
Região
Jornal do Commercio:Lei das domésticas cria muitas dúvidas
Meio-Norte:Eletrobrás deixa Teresina sem água
O Povo:Major e Sargento do Exéricto condenados por corrupção
Nacional
Correio Braziliense:Um país à flor da pele
Estadão:E-mails indicam conluio entre conselheiros do CNJ
Estado de Minas:Candidatos à UFMG já temem invasão paulista
Folha:Vereadores de SP aprovam fim da inspeção veicular
O Globo:Irresponsabilidade. De novo: Prédio para vítimas de tragédia ameaça cair
Valor:STF impõe perda de R$ 34 bi à União com o PIS e a Cofins
Zero Hora:Relato de professoras aperta cerco ao Enem

CHARGE DO DIA - CLAYTON


quarta-feira, 20 de março de 2013

MANCHETES DOS JORNAIS


Estado
Aqui-MA:Duas horas de terror
Jornal Pequeno:Deputados não terão mais 14º e 15º salários no Maranhão
O Estado do MA:Deputados extinguem os 14º e 15º salários
Região
Jornal do Commercio:Senado aprova a lei das domésticas
Meio-Norte:Wellington quer criar a PEC dos royalties
O Povo:Chove em 102 municípios
Nacional
Correio Braziliense:Ser mulher no Brasil é correr risco de vida
Estadão:Petrobrás desiste de vender refinaria após investigação no TCU
Estado de Minas:UFMG adota Sisu e acaba com vestibular
Folha:Barbosa critica ‘conluio’ entre juízes e advogados
O Globo:Tragédia na Serra: Número de mortos em Petrópolis sobe para 27
Valor:Xi Jinping prevê reformas sem copiar modelos
Zero Hora:Carvão abre espaço para usinas de R$ 10 bi no RS

terça-feira, 19 de março de 2013

CAMA E CAFÉ- MÔNICA BERGAMO

O Ministério do Turismo finaliza levantamento sobre os meios de hospedagem alternativos nas 12 cidades-sede da Copa. Já foram mapeados 3.710 imóveis para aluguel de temporada, capazes de acomodar 19,5 mil turistas. O Sudeste aparece em primeiro lugar, com 12,9 mil vagas, seguido do Nordeste (6,2 mil). Campings e albergues completarão a lista.

INFLAÇÃO
O estudo faz parte da estratégia da pasta para contornar o possível aumento de preços de hospedagem durante o megaevento.

CADASTRE AQUI
E o Ministério do Turismo informa que as pessoas interessadas em abrir suas casas para receber hóspedes durante a Copa poderão se cadastrar pelo site da pasta. Ainda não está definida a data para as inscrições.

Imagem do dia - O POVO


MANCHETES DOS JORNAIS


Estado
Jornal Pequeno:Prefeitura de São Luís vai apresentar cronograma para pagar precatórios
O Estado do MA:MPF vai à justiça contra a precariedade do ensino de SL
Região
Jornal do Commercio: Saque do FGTS deve ser facilitado
Meio-Norte:STF suspende a nova divisão de royalties
O Povo:À espera de São José
Nacional
Correio Braziliense:Enfim, um intocável a caminho da cadeia
Estadão: Chuva mata 16 em Petrópolis e Dilma fala em ‘ação drástica’
Estado de Minas: Vergonha – Trote racista e nazista
Folha:Chuva mata 16; Dilma diz que prevenção não falhou
O Globo: A guerra do petróleo – Rio tem a maior vitória até agora nos royalties
Valor:Apesar de enchentes, chuvas decepcionam o setor elétrico
Zero Hora: Drible na Justiça 2

segunda-feira, 18 de março de 2013

Turismo internacional no Brasil cresce 5% em 2012

    O turismo no Brasil bateu recorde no ano passado com aproximadamente 5,7 milhões de visitantes estrangeiros, segundo dados preliminares da Embratur -os números consolidados serão divulgados em abril.
    A expectativa para este ano é que a marca seja superada e o país receba seis milhões de pessoas. Em 2012, o turismo em geral cresceu 5%, e o segmento de eventos, entre 15% e 20%.
    "Ser realizador de grandes feiras e competições é fundamental para o crescimento do setor, pois evita a sazonalidade do turismo de lazer", afirma o presidente da Embratur, Flávio Dino.
    Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Foz do Iguaçu e Salvador foram, nessa ordem, as cidades que mais receberam eventos internacionais.
    Dino diz também que, com o país em evidência por causa da Copa e da Olimpíada, é preciso cautela das empresas em relação às margens excessivas de lucro.
    "Não é porque a demanda está aquecida que você [hotelaria, companhias aéreas, restaurantes] pode praticar qualquer valor. O preço caro cobrado hoje é um preço caro que se paga amanhã", diz.
    "Por isso, estamos conversando com o setor para que as consequências não sejam negativas. É melhor ganhar pouco por muito tempo do que muito por pouco tempo"
    A Embratur e o Ministério do Turismo não irão tabelar preços, garante. Para Dino, o bom senso deve prevalecer.
Do Mercado Aberto - Folha de S. Paulo

NA COLUNA DO CLAUDIO HUMBERTO

A conta do PCdoB

Para apoiar a reeleição de Dilma, o PCdoB pede só o apoio do PT a Flávio Dino para o governo do Maranhão e à reeleição do senador Inácio Arruda (CE). Não disputará majoritárias nos demais estados.

MANCHETES DOS JORNAIS

Estado
O Estado do MA:Autorizada a obra de construção da MA-317
Região
Jornal do Commercio:Leão vira e mantém tabu
Meio-Norte:Faltam defensores em 81,9% das comarcas
O Povo:Sufoco e medo na volta para casa depois das 20 hs
Nacional
Correio Braziliense:Papa desperta a fé de jovens católicos
Estadão:Brasil resiste a exigências dos EUA e fim de vistos atrasa
Estado de Minas:Falta de leitos é ‘doença crônica’
Folha:Promessas de Haddad já somam R$ 13,9 bilhões
O Globo:A guerra do petróleo – Sem royalties, Rio bate no teto do endividamento
Valor: Só Brasil perde na Argentina entre maiores exportadores
Zero Hora:Crédito e incentivo turbinam política industrial do Piratini

domingo, 17 de março de 2013

A revolução que não houve - FERREIRA GULLAR

Chávez intitulou seu regime de "revolução bolivariana", embora não tivesse feito qualquer revolução
    Hugo Chávez foi, sem qualquer dúvida, um líder carismático que aliava, em sua atuação, a audácia e a esperteza política. Desde cedo, a ambição de poder determinou suas ações, que o levaram da conspiração nos quartéis às manobras populistas características de seu projeto de governo.
    Sempre soube o que deveria fazer. Compreendeu, desde logo, que teria de atender às necessidades de grande parte da população que, ignorada pela oligarquia venezuelana, vivia na miséria.
    Ganhar a confiança dessa gente, atendê-la em suas carências, era a providência eticamente correta e, ao mesmo tempo, o caminho certo para tornar-se um líder de imbatível popularidade. Mas, para isso, teria que enfrentar os poderosos e obter o respaldo das forças armadas, às quais, aliás, pertencia. Foi o que fez e ganhou a parada.
    Outro traço característico de Hugo Chávez era o pouco respeito às normas democráticas. Se é verdade que ele chegou ao poder pelo voto e pelo voto nele se manteve, é certo também que se valeu do prestígio popular e de alguns erros dos opositores para controlar os diferentes poderes da nação venezuelana, impor sua vontade e consolidar o poder discricionário.
    Nesse sentido, o que ocorreu na Venezuela é um exemplo de como o regime democrático, dependendo do nível econômico e cultural da população de um país, pode abrir caminho para um governo autoritário que, dependendo da vontade do líder, anulará a ação política dos adversários, como o fez Hugo Chávez.
    Ele não só fechou emissoras de televisão como criou as Milícias Bolivarianas, que, a exemplo da conhecida juventude nazista, inviabilizava pela força as manifestações políticas dos adversários do governo.
    Para culminar, fez mudarem a Constituição para tornar possível sua reeleição sem limites. Aliás, é uma característica dos regimes ditos revolucionários não admitir a alternância no poder. Está subentendido que sua presença no governo garante a justiça social com a simples exclusão da classe exploradora e, portanto, como são o povo no poder, não há por que sair dele.
    Chávez intitulou seu regime de "revolução bolivariana", embora não tivesse feito qualquer revolução. O que fez, na verdade, foi dar comida e casa aos mais necessitados, o que, ao contrário de levar à revolução, leva à aceitação do regime pelos que poderiam se revoltar. Daí a necessidade de haver um inimigo, que ameace tomar o que eles ganharam. E o líder -Chávez- está ali para defendê-los.
    O azar dele foi o câncer que o acometeu e que ele tentou encobrir. Quando já não pôde mais, lançou mão da teoria conspiratória, segundo a qual seu câncer foi obra dos norte-americanos. Como isso ocorreu, nem Nicolás Maduro nem Evo Morales se atrevem a explicar.
    De qualquer modo, tinha que se curar e foi tratar-se em Cuba, claro, para que ninguém soubesse da gravidade da doença, que o obrigaria a deixar o governo. Sucede que o câncer não cedeu à onipotência do líder, obrigando-o a ausentar-se da Venezuela e da chefia do governo, por meses seguidos. O povo venezuelano, naturalmente, desejava saber o que se passava com o seu presidente, mas nada lhe era dito.
    No entanto, Chávez deveria disputar eleições em 2012 para manter-se no governo e, por isso, voltou à Venezuela dizendo-se curado. Foi reeleito, mas teve que voltar às pressas à UTI em Havana. Daí em diante, mais do que nunca, o sigilo foi total: está vivo? Está morto? Vai voltar? Não vai voltar? Pela primeira vez, alguém governou um país de dentro de uma UTI.
    Chega a data em que teria que tomar posse, mas continuava em Cuba. Contra a Constituição, Nicolás Maduro, que ele nomeara seu vice-presidente, assume o governo, embora já não gozasse, de fato, da condição de vice-presidente, já que o mandato do próprio Chávez terminara.
    Mas, na Venezuela de hoje, a lei e a lógica não valem. Por isso mesmo, o próprio Tribunal Supremo de Justiça -de maioria chavista, claro- legitimou a fraude, e a farsa prosseguiu até a morte de Chávez; morte essa que ninguém sabe quando, de fato, ocorreu.
    Durante o enterro, Nicolás Maduro anunciou que Chávez seria embalsamado e exposto para sempre à visitação pública, como Lênin e Mao Tse-tung. Um líder revolucionário de uma revolução que não houve. Não resta dúvida, estamos em Macondo.
Da Folha

UMA CARIDADE PARA FRANCISCO, LEIA SEU LIVRO - ELIO GASPARI

UMA CARIDADE PARA FRANCISCO, LEIA SEU LIVRO

O papa Francisco precisa de uma ajuda. Leiam seu livro "Sobre el Cielo y la Tierra". (O e-book está à venda na Amazon americana por US$ 6,99, mas, por arte de Asmodeu, está fora da loja eletrônica brasileira.) Tem 215 páginas e saiu no início do ano passado. Trata-se de um longo diálogo com o rabino Abraham Skorka. Coisa inteligentíssima. É impossível lê-lo e sair por aí repetindo rótulos tais como "conservador" ou "homem simples" porque anda de ônibus. A simplicidade do cardeal Bergoglio vai muito além. Ele vê o catolicismo como algo despojado: "Bispos e padres têm que sujar os pés de barro". Uma das suas mais duras críticas (depois das lambadas nos ladrões-milionários) vai para os meios de comunicação que simplificam as agendas, tornando-as irrelevantes ou insolúveis: "Desinformam".
    Até a noite de quarta feira o signatário não sabia quem era ele. No dia seguinte, não encontrou um só bergogliólogo que mostrasse ter lido o livro de Francisco. Ele é tudo menos um clérigo conservador. (Segundo o fidedigno jornalista Horácio Verbitsky, há 30 anos ele deu uma mãozinha à ditadura, numa época em que a hierarquia católica estava casada com os generais. Bergoglio admitiu que foram cometidos erros genéricos, mas não assumiu responsabilidade pessoal.)
    Pode ser conservador um cardeal que quer abrir os arquivos do Vaticano para que se estude o Holocausto? Ele é contra o casamento de homossexuais e o aborto, mas isso não é conservadorismo, é a doutrina da igreja. Pílula? Astuciosamente calado. Em diversas ocasiões critica a conduta da igreja, seu regalismo e a promiscuidade com afortunados que fingem fazer caridade. Propõe tolerância zero para os pedófilos e chama o velho truque de transferi-los para outras paróquias de "estupidez".
    O papa Francisco é um jesuíta severo. Diz que senhoras emperiquitadas, "vestidas, ou desvestidas", em casamentos não vão às igrejas para um ato religioso, mas para exibirem-se. Tabela de preços para cerimônias? "Isso é fazer comércio com o culto." Ao mesmo tempo, reconhece que casais morando juntos antes do matrimônio são um "fato antropológico".
    Francisco tem um "alertômetro". Evita dar a comunhão a notórios vigaristas e jamais se deixa fotografar com eles.
    O livro é muito melhor que este breve resumo. Quem lê-lo viverá umas boas duas horas. Não pode ser conservador (seja lá o que isso significa) uma pessoa que diz o seguinte:
    "O religioso às vezes chama atenção sobre certos pontos da vida privada ou pública porque é o condutor da paróquia. Ele não tem direito de se meter na vida privada dos outros. Se Deus, na criação, correu o risco de nos tornar livres, quem sou eu para me meter?"
 

MANCHETES DOS JORNAIS

Estado
O Estado do MA:Debate sobre metropolização volta à tona no meio político
Região
Jornal do Commercio:Inflação de volta à mesa
Meio-Norte:Governo está zerando extrema pobreza
O Povo:Governo investiu muito e violência só aumentou
Nacional
Correio Braziliense:O anjo brasileiro do Papa Francisco
Estadão:Papa diz que natureza da Igreja é espiritual, não política
Estado de Minas:A dor de todos nós
Folha:Auditoria mostra que governo paga preços ‘distorcidos’
O Globo:Além da religião: Novo Papa muda jogo do poder na América do Sul
Zero Hora:Cassino futebol clube

sábado, 16 de março de 2013

MANCHETES DOS JORNAIS

Estado
O Estado do MA:Roseana entrega 15º hospital do Programa Saúde é Vida
Região
Jornal do Commercio:Recife vai testar rodízio de carros
Meio-Norte:Médico pesquisa enxerto de nervos
O Povo:Casal é baleado na frente dos filhos. A mãe morre
Nacional
Correio Braziliense:Assalto no Lago Norte, sequestro no Lago Sul
Estadão:Vaticano nega ligação do papa com ditadura argentina
Estado de Minas:Dengue mata um por dia em Minas
Folha:Dá para fazer muito mais que Dilma, diz Campos
O Globo:Meia-volta, volver: Dilma devolve ministério a grupo afastado em ‘faxina’
Zero Hora:Coquetel de gases em pelo menos 234 mortos

sexta-feira, 15 de março de 2013

NA COLUNA DO CLAUDIO HUMBERTO

" Para com isso, Gastão, pelo amor de Deus, não tem nada disso"

Presidenta Dilma ao ministro Gastão Vieira (Turismo),que indagara sobre sua saída

Enquete mostra equilíbrio na avaliação do carnaval promovido pelo Governo do Estado

    Está empatada a votação da enquete O que você achou da programação de shows do carnaval do Maranhão? disponível no portal do Governo do Estado (www.ma.gov.br). Para 35% dos internautas que se dispuseram a votar na enquete, a programação foi ótima. 
    O percentual se repete entre aqueles que acharam ruim a programação. A diferença entre os que optaram ótimo e os que avaliaram como ruim é de 10 pontos percentuais. A soma dos que avaliaram como boa e regular a programação, até esta sexta-feira, é de 30%. O índice maior é para a primeira opção.

    No São João deste ano, o governo do estado deverá repete o formato adotado no carnaval. Os shows devem acontecer no mesmo local com participação de estrelas nacionais com raízes no Nordeste. Da mesma forma o patrocínio deve ser viabilizado através da Lei de Incentivo à Cultura.

MANCHETES DOS JORNAIS

Estado
O Estado do MA:Precariedade de hospitais causa lotação de UPAS
Região
Jornal do Commercio:Mais três fábricas no complexo da Fiat
Meio-Norte:Crescimento do IDH é de 24% em 12 anos
O Povo:Imóveis sobem 51% em três anos
Nacional
Correio Braziliense:O evangelho segundo Francisco
Estadão:Na 1ª homilia, papa pede conduta ‘irrepreensível’
Estado de Minas:Primeiro sermão. Primeiro alerta
Folha:Igreja não pode virar ONG beneficente, alerta papa
O Globo:Uma semana depois... Cesta básica sobe, ao contrário do prometido
Valor:Governo mudará regime de proteção a patentes
Zero Hora:Palavras de Francisco