domingo, 25 de janeiro de 2015

Jegue Elétrico tem sotaque maranhense no carnaval paulistano

   


  

    Para um público animado o músico Emerson Boy puxou no sábado, 24, a marchinha carnavalesca 'Gaguinho", composição de Wellington Reis incluída no roteiro musical do bloco Jegue Elétrico. A música está no cd "Dê a quem tem fome", gravado no estúdio Todos os dias são bemóis, de Emerson Boy. "Tu nem vinha", outra faixa,  composição de Boy, e os maranhenses Alfredo Madredeus e Teo Menezes; e Marli Matos.
    Além de Boy no cavaquinho a banda do Jegue Elétrico é reforçada por um naipe de metais formado por três trombones de vara, dois saxes e um trompete, além do conjunto de percussão e frigideiras zinindo sem parar. Os três últimos executados por sopro feminino.
   Boy é uma figura carimbada na cena paulistano. Nascido no Piauí, se enraizou em São Paulo para dar vazão à sua arte em um cenário mais amplo. Ultimamente, tem excursionado por países da Europa com parada obrigatória na Alemanha.
    No Jegue Elétrico, as marchinhas seguem a tradição e tom carnavalescos. Boy gosta do Maranhão e sempre se refere ao estado durante a concentração do bloco na esquina da Praça Roosevelt com a rua Augusta.
    Entre os foliões do sábado o escritor maranhense Robson Miguez engrossava o coro e divulgava seu trabalho Teatro do Absurdo.
    Não podia faltar a falta de água no repertório do carnaval de São Paulo de 2015. Mas, este ano, a inspiração maior vem do Uruguai e a homenagem é ao ex-presidente José Mogica. "...vou espremer no cano e beber água de calcinha" diz a certa altura o refrão da marcha, berrado pelos foliões paulistanos em noite semitropical.